AMAR-TE-EI INFINITAMENTE

                Tantas vezes as minhas mãos tatearam o lençol a procura do teu corpo,mas elas sempre encontrava o vazio...Tantas vezes o meu corpo sentiu o frio invadir-lhe,sem que houvesse um acalanto para  aplacar a solidão...O frio da noite assobiando invadia o quarto numa torturante ventania...Tantas vezes murmurei o teu nome enquanto meu pensamento tentava uma telepatia contigo...Sim,até nisso eu acreditei...E quando a solidão me tomava,em meio as cobertas eu me refugiava em busca dos sonhos que eu tanto desejava ver realizado...Foram tantas as noite que passei em claro a espera que o destino pudesse me sorrir...Eu sabia que lá bem longe tu desejava poder realizar pelo menos um dos meus sonhos;poder contemplar tua amada face! Hoje esse sonho está ficando cada dia mais distante,enquanto o tempo corre e nós vamos nos envelhecendo sem saber se o que sentimos realmente é pra valer...Como amar sem sentir um abraço,aconchego de braços ou beijos ardentes e saborosos?Como saber se ainda haverá um dia para que eu possa tirar todas as tuas dúvidas?Eu só sei que amar-te-ei infinitamente,mesmo que as noites sejam solitárias e que eu nunca possa estar no aconchego dos teus braços!

Rosa D' Saron-05-07-2020

Linda interação do nobre poeta, Jacó Filho

NO FRIO DA SAUDADE

Um visceral desejo é de novo, aceso
Com tua ausência na madrugada fria.
Só as recordações me trazem alegria,
Enquanto o desgosto impõe seu peso.

As mãos te procuram sob as cobertas,
E o gelo do vazio destroça essa alma
Que te sente aqui, impondo ressalvas,
Negando o calor que o amor desperta.

Um vento gelado assobia no telhado
E um ruído agudo relembra teu nome.
Este frio cortante meu peito consome

Sabendo que perdi do sonho dourado
A essência divina, pra noites insones.
Ficando a saudade, por meu cicerone.

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